Nossa História

Abibimã, o segundo bloco afro de São Luis, fundado em 27 de maio 1990 no bairro de Fátima, considerado um dos maiores quilombos urbanos da capital maranhense iniciou sua trajetória no carnaval da Ilha dos Amores em, 1991 como o tema “O grito da pele”, (Guerreiro) uma linda homenagem a pele do negro e a pele dos  seus tambores. 

Desde então, o abibimã vem fazendo-se presente em todos os carnavais com os temas arrebatadores e dentro do de um ato político-sociocultural, dando a sua parcela de contribuição a toda organização do movimento negro e dando a musica como principal arma de defesa e ataque, onde os seus compositores louvam e exaltam toda dignidade do negro e, ao mesmo tempo, denunciam rodas as intolerâncias sustentada pelo racismo. O objetivo é agregar o próprio afro descente na luta contra as mais diversas formas de discriminação racial, difundindo a cultura negra na sociedade de forma objetiva e eficaz.

Em 1992, foi a vez do tema: “Mães negras”.(Guerreiro) Uma homenagem a todas as negras mães, especialmente a áfrica com a mãe rainha, a maternal superior enfim, como a genitora maior de todas as mães negra.

Em 1993, O abibimã levou para a avenida, o tema “Comunidades negras” (Guerreiro) Questionando a vida, costumes, crenças e tradições da população negra que habita nesse território e, também, a posse ilegal das terras por partes da elite branca nas chamadas Terras de preto, ou ainda, Comunidades negras rurais quilombolas.

Em 1994, Foi a vez do tema“Fanti Ashanti”,(Nilde) Uma homenagem a uma dos mais tradicionais centros de culto-religioso do maranhão regenciado por um dos mais renomados babalorixás  do maranhão ( Pai Euclides de Talabiã). O Objetivo do abibimã com esse tema saudar através de suas musicas divindades oriundas do culto afro-religioso e a fonte de pesquisa de assunto ligada á religiosidade africanas.

Em 1995, o abibimã celebrou através do seu tema “300 anos da morte de Zumbi dos Palmares”( Guerreiro:) onde através de cada musica daquele ano imortalizava aquele que sem sobra de duvida, foi um grande herói e mártir da resistência negra do Brasil.

Em 1996, o abibimã levou para o carnaval o tema “:Uma nação africana chamada Abibimã”, (Guerreiro) Onde com cada musica desse tema, o abibimã pôde relatar e destacar todo o seu perfil azeviche e sua missão, político-cultural como fruto de um entidade ligado ao movimento negro.

Em 1997, foi a vez do tema “Abibimã, a caminho dos lençóis’(Guerreiro): (onde o abibimã veio contando e cantando as lendas, os segredos e os mistérios que se abrigam nos lençóis maranhenses, alem de revelar a lendária historia de uns dos voduns mais antigos e respeitados nos terreiros de minha do maranhão , o que é o Rei Sebastião.

Em 1998, O abibimã levou para avenida o tema “Angola, capoeira do Brasil” (Guerreiro) contando a historia da capoeira no Brasil e homenageado seus grandes mestres.

Em 1999, foi à vez do tema “Na pungada da crioula”(Guerreiro,) Uma justa homenagem a uma das maiores heranças cultural de matriz africana e quem o maranhão herdou dos escravos africanos que viveram em territórios maranhenses, ou seja, O TAMBOR DE CRIOULA que hoje é considerado o patrimônio do Brasil.

Em 2000, Foi a vez do tema: “: Liberdade, o caminho para o novo milênio” (Arthurzinho) questionando a ausência de paz e fervou da desigualdade social. Em 2001, “o abibimã “o Foi p ara o carnaval como tema:”: Em terra de índio, o negro também é cultura,”, (Delipinho) questionando politicamente a vida do negro e do índio no sentindo sócio-cultural.

Em 2002, foi à vez do tema “Balaiada, a guerra de Negro Cosme”, (Guerreiro) falando sobre uma das maiores revoltas negras ocorridas no maranhão e resultaram na morte de um dos maiores negras quilombolas do maranhão, que foi negro Cosme.

Em 2003, o abibimã Trouxe como “tema”: Yabás negras guerreiras “(Guerreiro) louvando através de cada musica, a luta quotidiana e resistência histórica da mulher negra.

Em 2004 o Abibimã veio para o carnaval como o tema “O Negro a fauna e aflora”, (Damata) questionando a preservação da natureza para o próprio bem-estar humano e, ao mesmo tempo, falando sobre a sabedoria negra dentro da arte de saber curar enfermidades crônicas com ervas medicinais.

Em 2005, o abibimã completou 15 anos de sua existência e veio para o carnaval com o tema “Abibimã, 15 anos de luta e resistência negra”, (Guerreiro) contando roda sua trajetória política-cultura e incentivando o negro na luta por liberdade e direitos iguais.

Em 2006, “Abibimã levou para o carnaval uma profunda mensagem de paz e amor com o tema “:Abibi Ghandi”, (Delipinho) Saudando através da sua Música aquele que o mundo consagrou como verdadeiro ícone da paz o profeta indiano Marathma Ghandi.

Em 2007, foi a vez do tema “Quilombolas da nova era”,(Arthurzinho) ema político, onde o abibimã questionava a vida atual do negro na sociedade em pleno século XXI.

Em2008, o Abibimã veio para o carnaval com o tema “Querebentã de Zomadonu, a luz de Daomé” (Arthurzinho:) Contando a saga e trajetória historia do mais antigo centro de cultura Afro- Religioso do maranhão que é a casa de Mina.

Em 2009, O Abibimã veio para o carnaval como tema: “O Negrunismo da áfrica”,(Arthurzinho) um tema extremamente político onde questionou a falta de clareza em cima de tudo que a áfrica criou, descobriu e difundiu para o mundo, o qual tempos mais tarde até os nossos dias, se tornou uma benevolência extremamente omissa no ventre da sociedade.

 E, agora 2010, o Abibimã completou 20 anos de existência e vem para o carnaval com o tema ”Abibimã, Vinte anos de luta, Kizomba Dona Célia”, (Delipinho) contando toda sua historia num ato Politico-sociocultural, além de trazer na bagagem uma historia de uma das mulheres mais importantes da cultura maranhense que é Doma Maira Célia ribeiro Mulher negra, onde podemos buscar e entender a força da africanidade nos dias de hoje. Ela, que representa a força da mulher negra na cultura, na crença e na luta do dia-a-dia. Ela que representa toda a liderança cultura de uma comunidade 70% negra que lhe oferta o maior respeito pelo seu fazer cultural.

Seu reino de alegria é o carnaval, festa popular brasileira com um selo de herança áfrica trazida, mantida a cultuada aos ritmos dos tambores que lembram o samba angolano, transformando na mais puro Kimzoba brasileira, onde a negra Maria Célia Deslumbra toda seu axé e canta em vez de chorar suas dores causadas pelo preconceito que de mostra a marca da desigualdade social. Ela, considerada uma guerreira no ventre da cultura maranhense tem e usa como símbolo de resistência cultural a escola de samba “MARAMBAIA DO SAMBA”, onde ela, no meio de tantas dificuldades nos mostra como é possível fazer culturas valores ancestrais, mantendo a importância e a liberdade com o orgulho de suas raízes. E, é em cima da historia dessa grande mulher que o Abibimã alterosamente festeja os seus 20 anos de luta e resistência negra fazendo a mais bela das Kizomba de toda a sua história.

 

Pesquisadores

Athurzinho Gerdanny

                                                                                                                        e

                                                                                                                   Guilherme Mendes